A importância estratégica das bicicletas no contexto das cidades
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Como já falamos aqui antes, a ascensão dos automóveis, a partir dos anos 1950, transformou completamente a dinâmica das cidades. Como símbolo de liberdade, o carro se tornou uma forma de identidade em todo o mundo ocidental. Mas hoje, em meio a congestionamentos e novas perspectivas, um fenômeno curioso vem acontecendo: em todas as grandes cidades do mundo, cada vez mais pessoas orgulham-se por se locomover em suas bicicletas, um tipo de transporte inventado em 1817.
Para entender a popularidade das bicicletas, e sua pertinência nesse momento, é preciso ir além da questão da mobilidade. Enquanto o transporte motorizado consome recursos, gera poluição e tantos outros problemas, as bicicletas, por sua vez, não precisam de combustíveis e trazem benefícios para a saúde, além de não congestionar a cidade. Dessa forma, a bicicleta, como meio de locomoção, se tornou símbolo de um estilo de vida consciente e saudável, uma forma de identidade muito alinhada com os valores vigentes.
É fato que as bicicletas sozinhas não resolvem o problema do transporte, por isso ao redor do globo as maiores cidades investem na variedade de formas alternativas para mobilidade: trens, metrôs, ônibus, veículos leves sobre trilhos, e, obviamente, ciclovias, estão em grande parte dos planos de planejamento urbano.
Há 60 anos, a cidade de Sidney, na Austrália, demoliu sua maior linha de Tram (espécie de bonde moderno) para dar lugar a uma avenida. É claro que agora a cidade está investindo bilhões em uma nova linha de trens leves, na esperança de aliviar o grave problema de congestionamento. Este é apenas um exemplo de muitos, que serve para ilustrar como as cidades que se desenvolveram priorizando os automóveis estão tendo que voltar atrás.
O movimento de busca por transportes alternativos ao carro é mundial, e o maior destaque nessa mudança é a ascensão das bicicletas, não só como meio de transporte, mas como bandeira de um estilo de vida. A Itália recentemente observou a venda de bicicletas superar a de automóveis, pela primeira vez desde a última grande guerra. O número de ciclistas que compartilham bicicletas em NY dobrou nos últimos cinco anos. Um bairro de Londres (Hackney) já registrou que mais pessoas estão indo ao trabalho de bicicleta (15%) do que de carro (12%).
Em muitas cidades se observa um grande investimento em infra-estrutura para bicicletas. De Nova York à Paris, na China e no Canadá, todas as grandes cidades estão buscando soluções para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte. Mais uma vez, a questão vai muito além de mobilidade. Muitas cidades nos Estados Unidos estão competindo para ter a melhor infraestrutura para bicicletas como forma de atrair empresas e manter seus negócios competitivos. Isso porque em um mundo globalizado e competitivo uma das maiores riquezas é o capital humano, e essas cidades perceberam que empreendedores criativos e jovens talentos preferem se instalar em locais bem preparados para o uso de bicicletas.
Em suma, mais do que um meio de transporte, as bicicletas estão ligadas à qualidade de vida, um fator primordial nos dias de hoje, que leva pessoas a escolher onde vão viver e trabalhar. Como forma de incentivo à esse meio de transporte limpo e saudável, vamos presentear com uma bicicleta quem adquirir uma unidade do nosso primeiro lançamento: o empreendimento Huma Klabin.
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Publicado em: 13/08/2013
Categoria: Arquitetura e cidade