Pequenas atitudes podem transformar o mundo em um lugar melhor

Crédito: reprodução

Muitas pessoas e empresas se perguntam: o que podemos fazer para gerar um impacto positivo no mundo?

Claro que essa pergunta não tem uma resposta certa, porém vamos explorar nesse post um ponto de vista interessante sobre o assunto partindo de uma reflexão do economista norte-americano Robin Hanson, que além de professor é pesquisador no Future of Humanity Institute da Universidade de Oxford.

O gráfico acima ilustra o pensamento de Hanson sobre as possibilidades de escolha tanto de indivíduos como de organizações. Segundo ele, quando escolhemos preços, produtos, qualidades, bens de consumo ou ações, muitas vezes escolhemos maximizar nosso ganho privado (mostrado em vermelho). Essas escolhas, no entanto, também têm efeito no ganho do resto do mundo (em preto). No geral, a curva do ganho social tem seu pico em um ponto diferente do pico do ganho privado.

Segundo o economista, um pequeno desvio do ponto que maximiza o ganho privado em direção ao ganho social (como mostra a seta amarela), produz um pequena perda no ganho privado, e em compensação um grande aumento no ganho social. O argumento sustentado por Hanson é de que a maneira mais efetiva de ajudar o mundo é desviar-se um pouco de uma escolha individualista que maximiza o benefício próprio e fazer pequenas mudanças que impactem o mundo positivamente.

Embora simples, esse tipo de raciocínio é extremamente coerente, e sustenta-se pela máxima: “enquanto nenhum de nós pode fazer tudo, todos nós podemos fazer alguma coisa”. O ideal defendido por Hanson já é praticado por pessoas e empresas que decidiram equilibrar a busca por lucro com propósitos sociais – isso foi muito bem explicado por Lourenço Bustani em sua palestra sobre empreendedorismo sustentável no ciclo Huma Reflexões Urbanas.

Além das escolhas pessoais (que serão abordadas em um próximo post), existe um novo ecossistema de empresas e organizações que optam por incluir em suas contas medidas que beneficiem o coletivo. A Huma se orgulha de fazer parte desse grupo, ao optar em seus empreendimentos por projetos arquitetônicos melhores, com soluções que beneficiem o entorno e a cidade, além de estimular a economia de recursos (optando por construir em locais com ampla oferta de serviços e transportes, e incluindo a iluminação natural em áreas comuns). Através dessas escolhas abrimos mão de uma margem de lucro maior, para ao invés disso contribuir mais com a sociedade. Alguns pontos que o economista Robin Hanson aponta como desafios para perpetuar esse método são a dificuldade de mostrar que você está contribuindo através de pequenas escolhas e o fato disso não produzir uma história de um herói inspirador, pois é uma história de muitas pessoas fazendo pouco e não uma pessoa fazendo muito. Então para não deixar nossos leitores desamparados de inspiração, convidamos a assistir o vídeo abaixo, que mostra de uma forma poética como pequenas atitudes podem formar uma corrente e transformar o mundo em um lugar melhor.