A era da experiência

O que você preferiria: viver uma experiência única, como uma viagem exótica, ou comprar um artigo de luxo, como um carro esportivo? Segundo estudos do Boston Consulting Group e do AdAge, os gastos com viagens de aventuras especiais nos Estados Unidos em 2013 foram mais que o dobro do valor dedicado a compras de itens de luxo: US$ 460 bilhões, contra US$ 170 bilhões.

Essa preferência, de acordo com especialistas, é um reflexo do comportamento da geração dos Millennials (nascidos entre 1980 e 2000), que reconhece os benefícios de usar algo ao invés de possuir, impulsionando a economia do compartilhamento e da experimentação.

Uma das evidências dessa tendência é o sucesso de serviços como o Airbnb, que permite alugar casas ou apartamentos em qualquer lugar do mundo por alguns dias ou uma temporada, trocando a impessoalidade de um hotel por um aconchegante lar, mesmo que seja por um curto período, a um custo bem mais baixo.

Em um contexto em que experimentar e viver novas experiências são palavras de ordem, o Airbnb provocou uma verdadeira revolução no setor de hospedagem e vem inspirando iniciativas inovadoras de outras empresas.

Sinta-se em casa

Não seria ótimo se antes de tomar uma decisão tão importante e de longo prazo como a aquisição de um imóvel você pudesse fazer um “test-drive”? Ter a chance de descobrir se gosta do bairro, se o acesso é fácil aos lugares que você precisa ir, se o condomínio oferece aquilo que você procura e, o mais importante, se aquele é mesmo um lar para chamar de seu? A Huma Desenvolvimento Imobiliário também aposta que sim.

Aproveitando a praticidade do Airbnb, a Huma oferece aos interessados a possibilidade de se sentirem moradoras de um dos apartamentos do Huma Klabin, elogiado empreendimento na Chácara Klabin, em São Paulo. Por meio do Airbnb, é possível alugar uma das unidades por uma curta temporada e vivenciar de perto todas as facilidades de morar em um condomínio com arquitetura contemporânea e inspiração modernista, projetado pelo premiado escritório Una Arquitetos, e ter uma amostra de como seria o dia a dia em um apartamento com varanda generosa e muita luz natural.

Além da chance de se hospedar em um dos apartamentos do Huma Klabin pelo Airbnb, é possível também alugar o imóvel por um ano e depois usar o valor pago como entrada. Crédito: divulgação

É uma oportunidade única também para sentir o agradável clima do bairro, com ruas arborizadas, ampla oferta de serviços, localizado a duas quadras das estações de metrô Vila Mariana e Chácara Klabin e com fácil acesso a importantes vias de acesso da cidade. E o melhor é que, ao contrário do que acontece no Airbnb, se o hóspede tiver aquela sensação de que ali ele seria feliz, ele tem a possibilidade de adquirir o imóvel. Sem dúvida, é um novo jeito de morar. “O Huma Klabin é um empreendimento diferenciado, quem entra se apaixona. Resolvemos trazer as pessoas para experimentarem esse estilo de vida, entenderem em sua vivência o valor dos nossos diferenciais e, quem sabe, fazerem do prédio seu futuro lar”, diz Rafael Rossi, fundador e diretor da Huma.

E se você estiver pensando que talvez uma curta temporada não seja suficiente para tomar uma decisão como essa, não se preocupe. A Huma foi além. Você também pode alugar um dos apartamentos do Huma Klabin pelo período de 12 meses e, caso opte pela compra ao final do contrato, o valor pago pelo aluguel é abatido do valor total do imóvel e usado como entrada. Ou seja, ao mesmo tempo em que você tem a chance de experimentar a residência, está fazendo investimento para uma futura aquisição. Algo raro no mercado. “As cidades mudaram, se tornaram globais. Com elas, as necessidades e anseios das pessoas também estão se modificando e a Huma está acompanhando essa evolução”, analisa Rafael.

Fortalecendo o networking

A ideia de compartilhamento não está mudando apenas o jeito de morar, mas também a maneira de trabalhar. O coworking é o melhor exemplo disso. Por meio dele, pequenas empresas, profissionais freelancers e autônomos encontram ambientes inspiradores, especialmente criados para seus perfis, sem precisarem se comprometer com longos contratos e custos de infraestrutura.

Os espaços de coworking oferecem a profissionais autônomos e pequenas empresas ambientes inspiradores, chance de conhecer outras pessoas e custo acessível. Crédito: Creative Commons

Além das vantagens de ter um espaço para desenvolver projetos sem se isolar no home office nem estar à mercê das distrações dos locais públicos, os espaços de coworking –que rapidamente se espalharam pelas grandes cidades do mundo –, permitem aos usuários receberem clientes e aumentarem seu networking com profissionais de áreas variadas, sem contar que o custo é bem menor que o de alugar uma sala comercial.

Facilitando o ir e vir

Os meios de transporte não ficam atrás: entre o coletivo e o individual, existe o compartilhado. Roma é uma das cidades globais que segue esse exemplo, oferecendo veículos 24 horas por dia. Por meio de um cartão magnético, o usuário retira o carro, com a responsabilidade de devolvê-lo no mesmo local.

As vantagens do sistema são inúmeras: o veículo compartilhado é usado em casos de necessidade e dividido com outros cidadãos; reduz a pegada de carbono; está sempre em conformidade com a legislação; o usuário não precisa emitir documentos, pagar IPVA nem fazer seguro. Várias empresas brasileiras já oferecem o serviço, com flexibilidade e economia para o usuário.

Tendências em grandes cidades, como São Paulo (à esquerda) e Roma (à direita), o sistema de compartilhamento de veículos, sejam carros ou bicicletas, permite o uso e dispensa a aquisição. Crédito: Vá de bike | reprodução

Para quem prefere pedalar, o Bike Sampa permite retirar bicicletas em suas estações inteligentes, que estão distribuídas em pontos estratégicos da cidade de São Paulo. Para usar a bike, é preciso estar cadastrado no sistema. Após a utilização, basta devolvê-la na mesma ou em outra estação. Ou seja, se você quer se aventurar pela cidade em uma magrela, não é preciso ser proprietário de uma, é só se cadastrar e sair por aí.

Cultura sob demanda

A ideia de que nem sempre é preciso comprar e ter, mas poder usar e acessar, reflete-se também na área cultural. Serviços pagos como Spotify, Netflix e Social Comics permitem que os usuários tenham à disposição – desde que estejam conectados à Internet – músicas, filmes, séries e histórias em quadrinhos. O valor das assinaturas é bastante módico em comparação com a quantidade de obras que são oferecidas.

Empresas como a Netflix oferecem grande variedade de conteúdo por valores relativamente baixos. Crédito: divulgação

Ainda que exista uma cultura de colecionismo bastante forte ligada a esses produtos (vinis, CDs, DVDs, Blu-Rays, revistas em quadrinhos…), é inegável que esse tipo de compartilhamento ajuda a ampliar o acesso a bens culturais, que pode ser consumido a qualquer hora e em qualquer espaço.

Moda para todos

Democratizar o acesso a roupas e acessórios e incentivar o consumo consciente é outro foco do sistema de compartilhamento. A Roupateca, Entre Nós, por exemplo, parece uma biblioteca, só que de roupas. Instalado em São Paulo, é o primeiro serviço de assinaturas de roupas do Brasil. A ideia, comum em cidades como Paris e Barcelona, funciona da seguinte maneira: o cliente escolhe um pacote de assinatura e tem direito ao aluguel de uma quantidade determinada de roupas por um determinado período.

Primeiro serviço de assinatura de roupas no Brasil, a Roupateca busca incentivar o consumo consciente e colaborativo. Crédito: MNMA | reprodução

Já a empresa brasileira Dress & Go aluga peças assinadas por grandes estilistas e marcas de luxo e cobra por item. O movimento Roupa Livre, por outro lado, visa conectar iniciativas e pessoas, propondo o consumo consciente e transformar a relação com aquilo que vestimos, por meio de bate-papos, workshops, oficinas e bazares.

Além da economia, esses serviços ajudam a evitar o acúmulo de peças que sequer utilizamos: se costuma ir a muitas festas e eventos, imagine só a quantidade de itens que teria em seu guarda-roupas se precisasse comprar uma roupa diferente para cada ocasião. Então, por que não alugar e trocar o que já não usa ou serve mais?